Naquele sexto dia, antes do aguardado Shabat, por volta da hora nona, mais uma vez, ouvimos um escandaloso estrondo e a escuridão cobriu novamente os céus. Em nossos corações, já imaginávamos o que tinha ocorrido. Heilel havia conseguido penetrar no Éden. Nossas tropas estavam sendo rapidamente requisitadas para nova missão emergencial. Em pouco tempo, todo nosso batalhão estava nos portões do Éden, juntamente com as tropas de Gabriel e Raphael. Podíamos ver o embaraço, a vergonha, a dor e o constrangimento de Adão e Eva. Eles tentavam se esconder entre as árvores e cobriam suas vergonhas com as mãos. Vimos também que eles já não tinham mais o respeito dos animais e que haviam perdido também sua autoridade sobre o planeta azul. Seus corpos estavam sendo claramente transformados daquele estado de luz resplandecente e imortal para um frágil e limitado corpo físico. Eles não imaginavam a dor que lhes aguardavam. As doenças, as guerras, as intrigas e todo tipo de dor física e mental a que seriam expostos pelas artimanhas das forças de Heilel a partir daquele momento. Até aquele dia, o homem não conhecia o que era estar debaixo da ação do exército do mal. Aqueles seres haviam se tornado especialistas em destruir, matar e enganar. Eles haviam se tornado algo como um exército de gafanhotos destruidores que traga tudo que está à sua frente. E a partir daquele instante Adão e Eva estavam em sua rota.
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